Os fundos de pensão correm o risco de elevar os seus déficits atuariais caso não revejam a composição de suas carteiras em direção a ativos de maior risco, alerta o Superintendente-substituto da Previc, Fábio Coelho. No entendimento dele, se não fizerem isso as entidades não terão como se compensar dos efeitos da queda dos juros, que prejudica o retorno obtido com os títulos públicos hoje em muito maior número.
Segundo ele, não há riscos imediatos, mas é preciso agir desde já para obter uma taxa de desconto adaptada a uma rentabilidade mais baixa a partir de 2019. É o que mostra um documento que a Previc irá divulgar hoje pela primeira vez, o relatório que mede a estabilidade do sistema.
O risco é mais evidente à partir de 2019 em razão da possibilidade de aumento dos passivos a valor presente, ao qual se chega através da taxa de desconto. Nesse momento as taxas das NTN-B de longo prazo não vêm caindo na mesma intensidade da Selic, mas isso pode mudar com a queda se acentuando.
Fonte: Valor