Os preços do petróleo e grãos produzidos pela América Latina dispararam devido à guerra na Ucrânia, uma situação que à primeira vista parece positiva para a economia regional, mas tem um outro lado: a volta da inflação galopante, dos alimentos e do combustível em disparada.
O FMI alertou: a invasão russa da Ucrânia provoca uma onda de choque que desencadeia o custo dos alimentos e da energia, com impactos “substanciais em alguns casos”.
O choque é generalizado e com extremos de mais de 50% na Argentina, mais de 10% no Brasil, e hiperinflação endêmica na Venezuela. Algumas nações latino-americanas são importadoras líquidas de petróleo, de modo que o forte aumento dos produtos energéticos – o petróleo atingiu seu máximo histórico de 147,5 dólares o barril há 10 dias – prejudica suas finanças.
A Colômbia, cuja principal exportação é o petróleo bruto, e o México, cuja cesta de petróleo subiu de preço, tentarão compensar o aumento dos preços dos alimentos com extras de ouro negro.