Tiago Mattos, Prof. da Singularity University, abriu a sua exposição no primeiro painel da manhã de ontem, sobre o tema “Ideias Invadoras versus a Espera que Paralisa” reconhecendo que “os conflitos entre quem deseja as mudanças e aqueles que as combatem terminam congelando a inovação”. Para destravar o processo transformador, é preciso em primeiro lugar identificar os contrários às mudanças, mas evitando uma guerra imediata, uma vez que melhor será aguardar até que os mudancistas estejam tão fortalecidos na organização que sua vitória se torne inevitável.
“É preciso fortalecer o mais possível a tribo dos disruptores antes de qualquer coisa”, resumiu, completando: “o principal é não perder a capacidade de aprender sempre”.
Também expositora no primeiro painel da manhã, sobre o tema “Ideias Invadoras versus a Espera que Paralisa, Ana Abrão Costa, sócia da Oliver Wyman, notou que o cliente está cada vez melhor informado e sendo proativo. “Há um claro empoderamento do cliente”.
Fortalecendo esses clientes há novos atores como sites de comparação de preços, players que de algum modo passam a participar de nosso mercado lançando novos produtos. “Não há como ser avestruz, porque as ondas de disrupção estão nos atingindo. O futuro chegou”, disse.
Existe um amplo conjunto de tendências estão remodelando os mercados, como a digitalização, o comportamento humano e a sociedade que se transformam.
Três grandes ondas de disrupção: foco no clientes, nos dados e sua análise e mobilidade e mídias sociais.
Na verdade, continuou, a realidade está posta, mas ainda não se sabe onde tanta transformação nos irá levar, além da redução dos custos que a tecnologia tende a criar. Cria-se valor na relação mais próxima com o cliente.
Sublinhou Ana que com tudo isso se cria novas oportunidades, com Informação, prestação de serviços e demandas muito melhor satisfeitas.
Márcio Medeiros, Diretor de Administração da Funpresp-Jud, começou sua participação na plenária sobre “Ideias Invadoras versus a Espera que Paralisa”,afirmando que “tudo precisa andar junto, estou falando da governança, planejamento e inovação”. E não há alternativa se não nos prepararmos para isso”.
O sistema vai continuar precisando dos atuários, mas este irá trabalhar muito mais intensamente usando tecnologia avançada. Da mesma forma como precisará ver de forma diferente as bases sobre as quais cresceu nas últimas décadas, considerando que a previdência complementar fechada se alicerçou em gerações que tendiam a ficar décadas no mesmo emprego e pesquisa bem recente que hoje 1 em cada 2 brasileiros não ficam mais de 5 anos no mesmo trabalho.
Abordou em seguida o embate entre regulação e inovação. Após se definir como otimista, disse acreditar que os exemplos práticos existentes mostram que se certo modo é possível inovar quase sempre, se trazendo essa visão nova depois para enriquecer a base regulatória. “Seja qual for a regulação, ela não é desculpa para que não se inove”, sentenciou.
Recomendou ao sistema regulamentos mais simples, agregar serviços, planos para familiares, produtos com benefícios de médio prazo. “Não basta ter mobile, é preciso também ouvir o participante”, acrescentou.
Lembrou como exemplo de transparência e governança o portal através do qual a sua entidade disponibiliza informações suas e permite, inclusive, que os participantes interajam. Estão lá disponíveis salários pagos e despesas com viagens, entre muitas outras.
Fonte: Abrapp